Outro caso

Fernando Sabino, nosso avô.

Continuando a contar estórias que fazem a história de nossa familia e de Uberaba, nossa cidade natal.

No grupo sobre fatos e fotos antigos de Uberaba, mencionaram um caso dos anos sessenta: uma mulher que envenena os inimigos….

Pois bem, pode ser que não estejamos falando da mesma pessoa, mas certamente o cenário é o mesmo.

Começando do fim para o princípio: Uma manhã na casa dos nossos avós; presentes estavam minha mãe, Altiva, minha prima, Adriana Mattos Mourão, eu, e outros.

Chega um rapaz de São Paulo para falar com vovô Fernando. Era advogado de um funcionário de uma famosa casa de calçados paulista (Casas Eduardo). A mãe deste funcionário era uberabense e havia morrido envenenada por veneno de rato. A autópsia levou à investigação dos produtos disponíveis na cidade e ao comerciante Fernando Sabino.

Explico: nosso avô não era quimico mas fazia suas experiências no Laboratório que montou em sua loja. Conseguiu patentear um veneno para matar ratos. Mata Rato Ideal. Pelo visto encontraram uma caixinha deste produto na casa da suposta autora do crime, pois o advogado veio colher o depoimento do meu avô.

Acontece que Vovô Fernando já estava com idade avançada, a cabeça já vacilando, e conseguiu fazer seu depoimento da maneira que julgou correta: ” Moço, eu vendo um produto para matar rato. A finalidade é essa. Se usaram para outra coisa, foge ao meu controle”. E completou com uma “tirada” que até quebrou o clima de tragédia: “O rato é comida de gato. Mas tem gente que come. Tem gente que faz assado de rato e vende na praça. Compra quem quer….”

P.S. para complementar o que soube sobre este crime. A autora descobriu que seu marido a estava traindo com a vizinha. Ela fez um bolo, usou o mata rato como ingrediente, e levou o “agradinho” para a traidora.

Se algum leitor souber de outra versão deste caso, comente aqui, por favor!